Comprei os livros da Maria Gabriela LLansol só porque o nome dela me lembrou lençol. Gosto de nomes próprios que parecem outras palavras. Foi uma alegre descoberta e, no semestre seguinte, Manoel dedicou muito tempo a ela. Nunca sei se entendi direito o que ela disse ou se, na verdade, estive viajando todo o tempo que lia. Tenho, por vezes, a sensação de que não restou nada de todas as minhas leituras. Mas não tem problema, sabe? A gente vai ficando menos neurótico na organização de um conteúdo. Ou de saber o que a gente sabe. Não sei bem sobre quantos autores me sentiria confortável de escrever. Tive que falar de Barthes para uma disciplina e foi um terror. Mas me sinto confortável olhando nossas fotos. Olhando seu corpo, ou tudo que me restou dele.