top of page
A leitura, dizia Ezra Pound, é uma arte da réplica. Às vezes os leitores e vivem num mundo paralelo e às vezes imaginam que esse mundo entra na realidade. É fácil imaginar o fotógrafo iluminado pela luz vermelha do seu laboratório que, no silêncio da noite, pensa que sua máquina sinóptica é uma chave secreta do destino e que o que se altera em sua cidade se reproduz em seguida nos bairros e nas ruas de Buenos Aires, só que ampliado e sinistro.
O último leitor, Ricardo Piglia, 2006, p.12
bottom of page