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José, já te dei a lição das coisas:

O importante é suportar, com o corpo,
o sentimento do mundo.

Eu, etiqueta, eu, rótulo.
Eu que tenho sentido, tanto,
que minha alma tem a utilidade dos animais,
que ela vive no brejo das almas,

que a falta que ama -ainda- me impõe uma nudez
e que estou só.

 

Tento te escrever uma elegia.

Falar de qualquer coisa,
De futebol a arte.
Mas o amor, natural, é o único tema que se presta aos meus longos versos inaptos.
 

Tento esquecer, para lembrar.
Esquecer que amei para resistir à lembrança seu riso.

Falho. Falho tanto.
Mas seguem os meus ombros.
Os ombros suportam o mundo.

Produzo alguma poesia,

uma poesia errante,

uns novos poemas para passar o tempo.

 

Amar se aprende amando, dizem
Tento aprender escrevendo.

Leio o Caso do vestido enquanto espero.
A visita não virá, eu sei.
O menino antigo do sorriso fácil se foi.
Farewell.

Mas a paixão medida,
essa está aqui.
Sigo. Fazendeiro do ar,
com a viola no bolso,
contando As Impurezas do Branco

E esperando o discurso de primavera e algumas sombras 

R, com o pensamento em k. 

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fotos e site por manoela rónai

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