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Vi o Nuno na rua quando estive em São Paulo. Tirei uma foto para mostrar para você. Naquele segundo, em que Nuno passou por mim, de repente me esqueci que você não ia nunca ver a foto. Fiquei com tanta raiva quando me dei conta que apaguei o arquivo do celular. No fundo, no fundo, até que gosto quando por um breve momento me perco no tempo e no espaço e me esqueço de tudo que aconteceu. Como esses furos conseguem entrar na nossa mente? Parecem feitos por uma traça com fome. Não consigo entender. No dia, estava de mãos dadas com meu namorado e já se contavam mais de 2 anos da sua partida. É um troço muito estranho, mesmo, essas amarras que prendem a gente ao passado
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