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Longos foram os meses em que meu maior desejo era não ter insônia. Digo que esse era meu maior desejo, mas minto. Desejava mais você. Qualquer coisa de você: brigar com você, gritar com você, até implorar para você parar de hipocrisia, sair do armário. Mas você não tem jeito, sempre tem que ter a última palavra, ou o último silêncio. Pois não é que me convenceu? "Não dá para ser gay nesse mundo" e até "eu te amo, mas não amo te amar". Que raiva me dava. Mas, admito, hoje eu sei. Eu sei. Sei de maneira tão resistente, que tantas vezes me falta a coragem para dar as mãos ao meu namorado na rua. Eu amo ele, mas sigo pensando em você.
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