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O Sentido, a palavra e os limites da linguagem: Um breve ensaio sobre Wittgenstein.

  • Foto do escritor: Manoela Rónai
    Manoela Rónai
  • 19 de abr. de 2018
  • 12 min de leitura

(trabalho desenvolvido em 2017.2 para a disciplina Semântica, com a professora Elizabeth S. Lewis)

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ROSA
Eu assassinei o nome
da flor e a mesma flor forma complexa simplifiquei-a no símbolo (mas sem elidir o sangue)
Porém se unicamente a palavra FLOR – a palavra em si é humanidade como expressar mais o que é densidade inverbal, viva?
(a ex-rosa, o crepúsculo o horizonte)
Eu assassinei a palavra e tenho mãos vivas em sangue.
Orides Fontela


Mesmo assim, há paredes
dentro de cada palavra minha, estou só. ---
Nunca o corpo se devolve em palavras, por completo, há sempre um lado indesdobrável – sobretudo se o dela.
Wesley Peres

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No texto San Gimignano, escrito por Walter Benjamin e presente no livro Rua de mão única (ou Rua de sentindo único na sua tradução portuguesa), somos reapresentados a um dos temas mais recorrentes da filosofia e dos estudos linguísticos desde o século IV a.C., com Platão, até a contemporaneidade: as palavras e como elas podem ser usadas para uma relação com a realidade, com as imagens ou, de forma mais fundamental, com as coisas. No referido texto, lê-se:


Achar palavras para aquilo que se tem diante dos olhos – quão difícil pode ser isso! Porém, quando elas chegam, batem contra o real com pequenos martelinhos até que, como de uma chapa de cobre, dele tenham extraído a imagem. (…) só depois de ter achado essas palavras é que surgiu, da vivência superdeslumbrante, a imagem com firmes mossas e profundas sombras. (BENJAMIN, 2012)

Aqui, Benjamin faz uma análise única da relação entre a linguagem e a observação dos fenômenos naturais. Parece-nos indicar que a primeira observação dos fenômenos não é suficiente, por ela mesma, para a criação de uma imagem clara a respeito dos acontecimentos que se dão no mundo. Para isso, é necessário a transposição do real em linguagem e, aí sim, como se víssemos através de um filtro, seria possível absorver o real sentido dos acontecimentos. Sentido esse que se torna muito palpável, mas também tem uma ambivalência interessante de clareza: tem as marcas de uma profundidade que é causada por algo que lá não está, como um testemunho da ausência (mossas) e uma indefinição de alguma presença que não se pode identificar (sombras). Aqui, vemos que o filtro linguístico de que dispõe Benjamin causa um afastamento do real na mesma medida que permite uma aproximação do mesmo.


A descrição torna-se possível somente pela ação das palavras que, em choque com o objeto, liberam dele a imagem. Tal metáfora, singularmente bela, é um passo na direção de Wittgenstein, que em seu Tractatus Logico-Philosophicus, tenta estabelecer um limite para a linguagem e entender a relação que as palavras têm com os fatos – o que ocorre. Se tantas vezes, diante de Benjamin, parecemos estar habitando um mundo onde pensamento, linguagem e corpo são um só, nesse momento temos contato com a ideia da palavra como tradução dos fatos em pensamento.


Wittgenstein entende que o mundo (a realidade) é a totalidade dos fatos – não das coisas – e pode ser descrito por proposições elementares verdadeiras. Tais proposições servem, por sua vez, como método de projeção de uma situação possível. Para ele, fatos, ou estados de coisas, não podem ser nomeados, apenas descritos. Ele vai contra a noção fregeana de que proposições são formas de nomeação, pois, para ele, nomes não podem exprimir sentido – são como pontos – enquanto a preposição é uma expressão de pensamento e nela há sentido – é como uma flecha.


Para entender melhor o raciocínio de Wittgenstein, é possível usar a fala de Landim Filho, sobre o Sentido e Verdade no Tratactus, de uma conferência realizada na UNICAMP em 1979:
O sentido da frase não é assim fixado independentemente das condições de verdade, embora possa ser determinado independentemente do seu atual valor de verdade. Portanto, só as frases que podem ser verdadeiras ou falsas têm sentido; pode-se compreender uma proposição verdadeira ou mesmo falsa, mas não se pode compreender uma proposição que não é nem falsa, nem verdadeira. (LANDIM FILHO, 1979)

Landim Filho chama atenção para três teses que considera centrais ao pensamento exposto no Tractatus. Seriam elas a teoria pictórica da proposição, a ideia da linguagem como constituída de proposições que são funções de verdade e a tese da univocidade do sentido. Tentarei fazer uma breve explicação de cada uma dessas teses centrais, sem perder de vista que tais temas são amplamente discutidos tanto por Wittgenstein quanto por Landim Filho e que, portanto, fazer jus ao tratamento dado aos três pontos seria inviável no escopo desse breve ensaio.


A teoria pictórica da imagem seria a visão de que uma proposição elementar é uma forma de representação do estado das coisas, e afirma ser aquele seu estado. Ou seja, afirma que sua representação equivale a uma situação real dos fatos. Mas essa afirmação consiste não somente da descrição da existência de determinadas coisas, mas principalmente, do estado no qual se encontram: a conexão entre os elementos que substituem os objetos reais. Essa representação estará correta e, portanto, a proposição elementar que a cria será verdadeira, se a conexão dos elementos (...) traduzir, segundo certas regras convencionais, a concatenação dos estados de coisas representados.


Daí, qualquer forma de representação que determine um estado de coisas pode ser considerada uma proposição elementar. E sendo uma proposição elementar, vai ser ao mesmo tempo descritiva e assertiva. Essa representação, aponta Landim filho, deve ser parte de um processo comunicativo, público. Portanto, totalmente diferente da noção de representação mental.[1]


A ideia da linguagem como constituída de proposições que são funções de verdade é basicamente a ideia de que apenas as frases que podem ser verdadeiras ou falsas têm sentido; pode-se compreender uma proposição verdadeira ou mesmo falsa, mas não se pode compreender uma proposição que não é nem falsa, nem verdadeira.


Aqui encontro meu maior ponto de ruptura com o pensamento proposto no Tratactus. Apesar de ter dificuldade de pensar numa proposição dentro dos moldes apresentados por Wittgenstein que fugisse a uma valoração de verdade, penso que nem sempre existe um valor de verdade evidente nas frases que proferimos e, mais, muitas vezes é questionável quais seriam as condições de satisfação dessas frases. Um exemplo é a frase inicial do prefácio de Corpo Fora, de Jean-Luc Nancy. Lê-se: Um corpo lá fora. Talvez aqui esteja subentendido um “Há”. Neste caso, as condições de verdade seriam a existência de um corpo, indeterminado, lá fora. Resta ainda perguntar: fora de onde? Outro exemplo é o de atos de fala performativos. Apesar de não serem nem verdadeiros nem falsos, contém claro sentido.


O verbo, aqui, no entanto, é pressuposição nossa. O texto segue: Um corpo ao lado e frente a outros corpos. (…) Um corpo não está somente fora: ele mesmo é um fora. Claro que poderíamos, seguindo o raciocínio do parágrafo anterior, nos perguntar as condições de verdade dessas afirmações. Provavelmente tal esforço resultaria em uma série de frases, cada uma com um valor de verdade ligeiramente diferente em relação a outra. Só assim um texto poético (ou filosófico – os dois não andam sempre de mãos dadas?) poderia ter qualquer valor[2] real. Se dá margem a possibilidades de releituras, ou reinterpretações. Não sei até que medida era intenção de Wittgenstein analisar somente as frases dentro do corpus da lógica, e, para isso, de uma linguagem mais cientificista mas, mesmo dentro desse corpus, imagino que a ideia de proposições como funções de verdade deixe uma grande lacuna no que diz respeito ao pensamento do sensível.


Como pensar as aflições de um corpo como meras equações? Como descrever uma poesia por meio de um tableaux semântico? Esse vazio com o qual me deparo diante da lógica de pensadores que estão frente a uma linguagem incorpórea, uma linguagem que só se interessa por um tipo de pensamento muito estruturado da língua, é sempre o meu maior questionamento no que tange uma filosofia da linguagem mais humana. Mas talvez, o limite do dizível só possa ser estabelecido no campo de pensamentos que contenham valorações de verdade estabelecidas. Sentimentos, talvez, sejam o limite definitivo da fala. E então, talvez minha discordância com Wittgenstein esteja já no início do seu livro, no prefácio, quando ele afirma que o que pode ser dito, o pode ser claramente, mas o que não se pode falar deve-se calar. Sou defensora da tentativa de atos de fala, mesmo quando a possibilidade de ser mal interpretada ou mal-entendida parecem maiores do que as possibilidades de um entendimento entre as partes. Creio que se fossemos, todos, seguir a máxima wittgensteineana, estaríamos quase que invariavelmente mudos. Mesmo assim, vejo que o próprio autor não ficou alheio a todos esses questionamentos, tendo mudado significativamente de postura no seu livro subsequente, Investigações Filosóficas, do qual falaremos mais adiante.


Após longa digressão, me volto à última tese indicada por Landim Filho: da univocidade do sentido. Em seu texto, assim ele reintroduz a discussão presente no Tractatus:

A Teoria Pictórica da proposição mostrou ser uma hipótese útil e original. Útil porque elucida o problema do sentido e da verdade, porque mostra como a negação de uma proposição e a própria proposição mencionam uma mesma situação, enfim porque explica a função comunicativa da linguagem. Sobre este último ponto deve ser assinalado, que a proposição comunica aquilo que representa. Se os sujeitos linguísticos são capazes de compreender e de comunicar sentidos, é em razão da função pictorial, descritiva, da proposição. O uso de uma representação não só́ descreve um estado de coisas, como, em razão desta descrição, torna possível a ação comunicativa. E se a linguagem tem este poder de criar sempre novos sentidos é porque a representação não supõe a existência, mas apenas a possibilidade. (LANDIM FILHO, 1981)

Landim Filho aponta-nos ainda uma questão muito interessante: da maneira como a linguagem é tratada por Wittgenstein, sua única função parece-nos ser a assertiva, como modo de nomeação e descrição, mas principalmente como uma restrição da realidade a duas alternativas. O sim e o não, o verdadeiro e o falso.

A questão da nomeação é um dos pontos importantes no Tratactus, para Wittgenstein, o nome é a denotação do objeto e as preposições podem dizer como são as coisas mas nunca o que elas são. A proposição é, então, uma conexão de nomes. Mas que sentido há numa proposição, ou qual o entendimento de sentido para Wittgenstein? Um dos pontos mais interessantes do Tractatus Logico-Philosophicus, sua descrição do sentido, se dá como uma restrição do campo de possibilidades. Por meio do princípio do terceiro excluído[3] podemos compreender esse apontamento do sentido como a negação de todos os outros sentidos possíveis e é por isso que a descrição da realidade se dá pelo estreitamento dos mundos possíveis incorrendo na explicação da subsistência do estado de coisas como de fato são. Mas que relação têm a proposição wittgensteineana descrita acima e o pensamento? E mais: que relação têm o pensamento, a proposição e o real estado das coisas?


Parece-me que o pensamento é qualquer proposição que detenha significado. Ou seja, qualquer proposição inteligível. Porém, a linguagem engloba também as proposições desprovidas de significado. O pensamento, tal qual as proposições – que são para Wittgenstein a matéria do mesmo – é limitado em sua expressão pelas possibilidades da linguagem. O limite se dá, então, não ao pensamento, mas à perspectiva de exprimi-lo. A proposição, que é entendida também como uma figuração, é o modelo de realidade compreendido no nosso pensamento.


Feitos esses esclarecimentos sobre as ideias propostas por Wittgenstein, volto a aproximá-lo do seu contemporâneo alemão. Vimos então que, no Tratactus, o filtro de entendimento da realidade que é apresentado por Benjamin é esmiuçado e detalhado em todas as suas particularidades, mas também entendido como uma necessidade e não mera possibilidade.


Depois do lançamento do Tratactus, no entanto, Wittgenstein se viu na obrigação de reexplicar alguns pontos do seu pensamento a respeito da linguagem. No prefácio de Investigações Filosóficas, o autor nos conta um pouco do caminho para a publicação do que ele chama de álbum de ideias:


Há quatro anos, porém, tive oportunidade de reler meu primeiro livro e de esclarecer seus pensamentos. De súbito, pareceu-me dever publicar juntos aqueles velhos pensamentos e os novos, pois estes apenas poderiam ser verdadeiramente compreendidos por sua oposição ao meu velho modo de pensar, tendo-o como pano de fundo. (WITTGENSTEIN, 1953)

É notável como este álbum de ideias é menos categórico do que o trabalho de sua juventude. Somente a título de curiosidade, contrasto aqui dois trechos do final dos prefácios. No Tratactus: “No entanto a verdade dos pensamentos comunicados aqui me parece intocável e definitiva, de modo que penso ter resolvido os problemas no que é essencial.” E nas Investigações: “Gostaria realmente de ter produzido um bom livro. Tal não se realizou; mas passou-se o momento em que poderia tê-lo corrigido.”


As questões discutidas nesse segundo livro parecem, de fato, mais maduras e não é de maneira nenhuma surpreendente que esta seja uma publicação posterior. Aqui o autor parece muito mais dedicado à compreensão de problemas um pouco mais individuais, como compreensão e intenção.Wittgenstein tenta em Investigações filosóficas diferenciar-se do pensamento comum de que a linguagem nos aponta para um objeto, simplesmente. Para ele, todo o sentido de se discutir a linguagem está na sua capacidade de comunicação. Por isso, Sílvio Medeiros vai pontuar que:


Nesse sentido, o significado de uma palavra não é o objeto que a palavra representa, mas seu uso na linguagem. Assim, o conhecimento de uma língua, a competência linguística, a capacidade de participar de “jogos de linguagem” fornecem-nos o horizonte de nossa visão da realidade, o pano de fundo do nosso comportamento, tanto do ponto de vista de nosso agir quanto do ponto de vista de nossa capacidade de interpretar o significado dos atos dos outros membros da comunidade, além da maneira pela qual eles se relacionam conosco. (MEDEIROS, 2006)

Parece-me que de tudo, o mais interessante é perceber que nesse segundo livro Wittgenstein tem, desde a forma de estruturação de seu pensamento, passando pelos temas abordados e até a maneira mais livre de abordá-los, uma busca voltada muito mais para a humanidade da linguística do que meramente uma matematização da linguagem. Aqui, ele se afasta da ideia de vinculação do sentido às condições de verdade e chega a usar o exemplo exemplo da simples palavra “Lajota!”, observando que, dependendo da situação, pode significar coisas como “Me passa uma lajota” ou “Cuidado, uma lajota vai cair em você!”.


Em dado momento, propõe-se inclusive à abordar as palavras que remetem a sentimentos e como compreender essas palavras. Eis o ponto que o pensamento do autor atinge seu mais alto grau de sofisticação. Medeiros, procurando simplificar o intricado pensamento percorrido por Wittgenstein, assim explica essa importante passagem:


Entretanto, tudo se complica muito mais quando nos deparamos com as palavras que se aplicam para nomear estados mentais, tais como: as sensações e os pensamentos. Nesse sentido, Wittgenstein estuda o modo como uma palavra (por exemplo, “dor”) funciona para nomear uma sensação. Assim, nos sentimos tentados a pensar que, para cada pessoa, “dor” adquire seu significado, relacionando, desse modo, a palavra “dor” com a vida privada (...) (MEDEIROS, 2006)

Wittgenstein afirma que não devemos cair nessa tentação, porque nenhuma palavra pode adquirir significado por intermédio de tal procedimento. Este é o argumento mais famoso de Wittgenstein contra a linguagem privada. E a conclusão desse ataque é a de que não pode existir uma linguagem cujas palavras refiram-se apenas ao que pode ser conhecido pelo falante dessa linguagem.

A análise da linguagem converte-se, assim, em terapia, constantemente procurando dissolver qualquer discurso que, abusando de sua significação, pretenda adquirir um caráter dogmático, algo, aliás, bastante característico no que se refere à linguagem filosófica:


Mas não é o nosso ‘ter em mente’ (Meinen) que dá́ sentido à frase? (E aqui cabe naturalmente a observação: não se pode ter em mente séries de palavras sem sentido.) E o ter em mente é algo do âmbito psíquico. E é também algo privado! É algo impalpável, comparável apenas com a própria consciência.
Como se poderia achar isso ridículo! É como que um sonho de nossa linguagem. (WITTGENSTEIN, 1953)

Em determinados momentos, Wittgenstein parece pôr em xeque a possibilidade de um pensamento verdadeiramente privado. Se os sentimentos, que nos parecem ser necessariamente privados, não o são, então talvez o limite do dizível não esteja delimitado pela possibilidade de frases com valoração de verdade. Talvez ele não exista. É diante desse questionamento que me vi, ao ler Investigações filosóficas. E ainda que esta constatação seja como um pêndulo, que jamais encontraria repouso em tal máxima, é no mínimo reconfortante observar como o autor tem coragem de rever todos os seus escritos e questionar, novamente, o que outrora havia sido postulado como certeza.


Em meio a um pensamento que busca ser claro mas percorre a mesma trilha diversas vezes, buscando conhecer novos detalhes e fazer novas descobertas, estamos, nós, leitores, também em contato direto com a dúvida, e refazendo nossos próprios questionamentos, a fim de um dia, quiçá, chegar a conseguir montar nosso próprio álbum de ideias.

Referências

BENJAMIN, Walter. [1987] 2012. Rua de Mão Única. Coleção Obras Escolhidas, vol. 2. Trad. Rubens Rodrigues Torres Filho e José Carlos Martins Barbosa. São Paulo: Editora Brasiliense.

LANDIM FILHO, Raul F. 1981. Sentido e verdade no Tractatus de L. Wittgenstein. Síntese, vol. 3, no. 22, p. 35-48

MEDEIROS, Sílvio. 2006. Wittgenstein e os jogos de linguagem: um estudo introdutório. Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/116539 (acesso em 10/03/16 às 11:48).

NANCY, Jean-Luc. [1940] 2013. Corpo Fora. Trad. de Márcia Sá Cavalcante Schuback. Rio de Janeiro: Editora 7Letras.

WITTGENSTEIN, Ludwig. [1953] 1999. Investigações filosóficas. Coleção Os Pensadores. Trad. de José Carlos Bruni. São Paulo: Editora Nova Cultural.

WITTGENSTEIN, Ludwig. [1921] 1968. Tractatus Logico-Philosophicus. Tradução de José Arthur Giannotti. São Paulo: Companhia Editora Nacional.

[1] Primeiramente deve-se notar que uma representação somente acessível aquele que é o seu produtor não é verdadeiramente uma representação. (Pr. 2.141).


[2] Uso aqui a palavra “valor” na acepção de “estima, consideração” ou até “importância”. Mas uso-a muito ciente de que pode haver confusão com a característica que faz de uma frase verdadeira ou possível.


[3] O princípio do terceiro excluído, presente inicialmente na lógica aristotélica e recuperado por Leibniz, Frege e Russel (esses dois últimos importantes influências de Wittgenstein) determinam que, sobre uma coisa, só se pode inferir P ou sua negação (P v ¬P) e não pode haver qualquer coisa entre as duas partes da contradição. Ou seja, para determinada proposição, necessariamente ela é verdadeira ou sua negação é verdadeira.

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