Não consigo aceitar essa quantidade de aulas de linguística. Já não era hora do bacharelado ser totalmente livre? Quem é de Saussure que fique a graduação inteira por essas bandas. Quem não é – e graças adeus nos livramos dessa – que resumisse o estudo de significado/significante à leitura daquele poema da Orides Fontela. Sinceramente, não é preciso mais do que isso. Leria-se o poema, como obrigatoriedade do curso, no primeiro dia de aula. O resto do tempo seríamos livres para discussões mais frutíferas. O único problema da proposta é a vinculação de poesia com obrigatoriedade. Mas tenho certeza que esta é uma alternativa melhor do que a que presentemente se apresenta. Preferiria passar o resto do tempo – e teríamos tempo de sobra – dedicado exclusivamente a Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e Cassiano Ricardo. Incluo este último pois alguém tem de desfazer o cânone tradicional e, se não a gente, quem?